domingo, 11 de dezembro de 2011

ILCÉI MIRIAM




Hoje vamos destacar o trabalho da nossa grande sambista, cantora e instrumentista campineira, Ilcéi Miriam.

Biografia

Cantora. Cavaquinista. Pesquisadora. Em 1987 estudou violão com o professor Dino. Formada em História pela PUC-Campinas. Professora de História. Apresentadora do programa "Seleção Nacional do Samba" na Rádio Valinhos Comunitária - FM, da cidade de Valinhos, vizinha à Campinas.
Como produtora é uma das organizadoras da "Feira Cultural Afro Mix Campinas", em sétima edição no ano de 2009.

Dados Artísticos

Em 2002 lançou, pela gravadora Camerati (de Campinas), o CD "Samba de batom", com faixa-título de autoria da dupla de conterrâneos Rinaldo e Ido Luiz,  além de Belchior e José Luiz Pena em "Comentários a respeito de John" e outros compositores como Mauro Diniz, Markinhos Sargento, Prince, Boca, Vagner Boneto, Valdir de Oliveira, Diva, Moreira, Armando Moreli e Nyva. O CD, com produção executiva de Belchior, foi lançado no Tonico's Boteco, em Campinas. No ano de 2004 montou o show "Tributo a Adoniran Barbosa", apresentado no SESC Piracicaba, em São Paulo. Apresentou diversos shows temáticos, entre os quais "Da Senzala à Casa-Grande: A Miscigenação na MPB", "Cantando a História do Brasil" e "Não Me Leve a Mal, Hoje É Carnaval", sempre  acompanhado pelo grupo Bambas do Samba. Em 2008 fez show em homenagem à Clara Nunes intitulado "Histórias & canções de Clara Nunes -  Ilcéi Mirian e Bambas de Samba", no Teatro do Centro de Convivência, em Campinas. No ano de 2009 recebeu a Velha Guarda da Rosas de Ouro em apresentação no Tonico’s Boteco, de Campinas.

Em 2010 apresentou o show "Clara: Mineira, Guerreira", com direção de Marcos Ferreira, no Sesc Ipiranga, em São Paulo, acompanhada pelo grupo Bambas de Samba e participou do "Projeto samba em Dose Dupla", do Tonico’s Boteco com o espetáculo "Ilcéi Mirian e Grupo Mesa de Bar", grupo integrado por João Nilton (violão), Du (cavaquinho), Carlinhos (surdo), Nandes (pandeiro) e Brown (rebolo). Ainda em 2010, com produção de T. Kaçula, lançou o segundo CD intitulado "Minha identidade", no qual interpretou as faixas "Samba de roda" (Robson Capela, Anderson Vaz, Deilton e Tito Amorim), "Lampião a gás" (André Pantera), "Clareou" (Nyva), "Pedidos e lágrimas" (Núbia Maciel e Aindée Cristina), "Poeira no raio de sol" (Adriano Dias), "São Jorge Guerreiro" (Emerson Urso e César Procópio), "Força da comunidade" (Fernanda Bom Cabelo), "Favela" (T. Kaçula), "Samba pra frente" (Ido Luiz), "Inspiração" (T. Kaçula e Robson Capela), "Inventor do Brasil" (Jorge Matheus), "Paixão de carnaval" (Valdir Oliveira), "Tributo à Velha Guarda" (Fernando Penteado) e "Mineira guerreira", de Idelva Anselmo e Henrique Pimentel. O disco foi lançado em show no Tonico's Boteco, na cidade de Campinas, onde se apresenta com frequência. Sobre o disco escreveu o crítico musical crítico musical Bruno Ribeiro: "O álbum conduz o ouvinte por um passeio pelos muitos caminhos do samba, pilar da cultura brasileira que forjou a identidade do nosso povo. Não é apenas um disco de samba muito bom, mas também uma obra importante e essencial de uma exímia instrumentista e intérprete popular e refinada".

Discografia


  • (2010) Minha identidade • Independente • CD
  • (2002) Samba de batom • Gravadora Cameratti • CD

(Fonte: http://www.dicionariompb.com.br/ilcei-mirian/biografia)

Releases:

I l c é i   M i r i a n


Uma nova voz feminina destacando as diversas
Vertentes da Música Popular Brasileira

Um dos instrumentos de cordas mais usados no samba, o cavaquinho, sempre foi tocado nos grupos exclusivamente pela ala masculina dos sambistas. Além disso, é raro encontrar num mesmo artista as aptidões de cantar e tocar.

O amor à música popular brasileira e a vontade de tocar cavaquinho, levaram a professora de História Ilcéi Mirian a mais três habilidades em sua vida: tocar cavaquinho, cantar e pesquisar sobre a História da Música. Em 1987, seu então Professor de violão Dino, sugeriu-lhe participar ativamente deste universo musical. A partir daí, o cavaquinho, o canto e a pesquisa têm sido os melhores parceiros.

Aproveitando a sua formação em História pela PUC – Campinas, realiza Shows Temáticos com música ao vivo:

“ 100 Anos de Adoniran “: a pesquisadora da MPB, intérprete e cavaquinista campineira Ilcéi Mirian mergulha no trabalho deste incomparável artista valinhense, contextualizando suas canções e resgatando a sua obra com o objetivo de homenageá-lo no ano de seu centenário;

“ 100 Anos de Noel “: elaborado e apresentado por Ilcéi Mirian terá acompanhamento do Grupo Bambas do Samba, formado por 01 violonista, 01 cavaquinista, 03 percussionistas e trará Histórias & Canções deste compositor fenomenal que morreu aos 26 anos na sua Vila Isabel, deixando 230 composições assinadas e muitas outras perdidas ou vendidas;

“ Não me leve a mal, hoje é Carnaval . . . “: um resgate cultural e musical dos Carnavais marchinhas, sambas e samba-enredo, levarão todos a uma viagem através do tempo para ouvir, cantar e dançar;

  

“ Da Senzala à Casa – Grande: A Miscigenação na MPB “: retrata compositores ou intérpretes negros ou não, com trabalhos voltados à comunidade afro;

“ Divas da MPB: Histórias e Canções “: é um musical no qual a professora contextualiza diversas Histórias e Músicas de Elis Regina, Clementina de Jesus, Clara Nunes, Dona Yvonne Lara, Beth Carvalho e Alcione;

“ Cantando a História do Brasil “: Ilcéi apresenta de forma original a História do Brasil, tocando cavaquinho e cantando um repertório com 20 músicas. Um resgate das nossas origens e uma retrospectiva com textos que mostram da chegada dos portugueses ao Brasil até os dias de hoje. Obs.: Este espetáculo é adaptado para datas comemorativas de empresas;


“ Recordar é viver e faz bem “: neste trabalho Ilcéi Mirian relembra inúmeros acontecimentos políticos, sociais e econômicos ocorridos na vida do povo brasileiro. O iê-iê-iê, o baião, as marchinhas, os boleros e os sambas complementam o espetáculo;

“ Um Poeta chamado Vinicius “: retrata a História do poeta, compositor, diplomata e cantor que soube como poucos falar de amor em suas poesias e canções. Foi um dos responsáveis pelo sucesso internacional da nossa música;

“ Cartola: Saudades do Poeta da Mangueira “: um show cultural com 30 músicas, onde Ilcéi Mirian toca cavaquinho, conta e canta diversas Histórias da vida deste grande poeta. Seus amigos, suas mulheres, suas profissões, locais onde trabalhou, Bar Zicartola, enfim, sua trajetória de vida;

“ Paulinho da Viola: O Mestre – Sala do Samba “: neste trabalho são apresentadas as Histórias e Canções de Paulinho da Viola, mostrando o seu amor pela música popular brasileira com destaque para o samba, seus parceiros, suas influências, além da sua grande paixão que é a Portela;

“ Elis Regina: A Doce Pimenta “: trata-se de um show com 25 músicas que resgatam a vida e a obra de uma das mais inesquecíveis intérpretes da MPB. Neste show, Ilcéi retrata a trajetória de Elis passando por diversos momentos de sua vida pessoal e profissional, ao som de seus grandes sucessos;

“ Zeca Pagodinho: O Samba em Pessoa “: o Samba, este gênero tipicamente brasileiro, tem como um de seus melhores representantes o referido cantor. Com um estilo único, interpreta como poucos o cotidiano do povo carioca. Escolhe com extrema sensibilidade o seu repertório, resgatando os valores da Velha Guarda do Samba ( em todos os seus discos observa-se a participação da Velha Guarda da Portela, sua escola de coração ) e apresenta " novos " compositores. Neste trabalho, Ilcéi Mirian faz um delicioso passeio pela vida e obra de Jessé Gomes da Silva Filho, ou simplesmente, Zeca Pagodinho;

“ Clara Nunes: Mineira, Guerreira...”: o emocionante espetáculo faz uma retrospectiva da vida pessoal e profissional da grande intérprete brasileira que enfatizou a cultura nacional em sua obra fundamentada nas diversões questões relacionadas à brasilidade, tais como o Samba, o Sincretismo Religioso, o Respeito à Velha Guarda do Samba, entre outras.


“ No Tempo dos Festivais “: o show retrata o período dos grandes festivais de música brasileira. Período da Ditadura Militar em que a violência e a opressão tentaram dar o tom, mas não conseguiram calar o talento de nossos artistas. Surge uma nova geração de intérpretes, compositores, músicos e maestros. Relembrar este áureo período da música brasileira é emocionante, gratificante e enche de orgulho qualquer brasileiro.



Em todos os seus trabalhos é acompanhada do Grupo Bambas do Samba ou Bambas da MPB, formado por um violonista, um cavaquinista e três percussionistas.


Voz, Violão e Percussão:
Ilcéi Mirian realiza shows de MPB acompanhada de um violonista e um percussionista, destacando a bossa nova, boleros, forró, pop, rock e o samba.

Desta forma, a Gravadora Camerati acreditando e confiando no trabalho e talento de Ilcéi Mirian, lançou o seu 1º CD com 14 faixas que é          o “Samba de Batom“.

Além de ser entrevistada constantemente pelos principais meios de comunicação de Campinas e região, Ilcéi Mirian recebeu diversos prêmios por seus trabalhos com ênfase à Educação, Cultura e Música: Medalha “ Carlos Gomes “, Diploma de Mérito “ Zumbi dos Palmares “, ambos concedidos pela Câmara Municipal de Campinas / SP;  a Medalha “ Força da Raça “ (Grupo de Ação Social); o “ Troféu Sorriso ” (Rádio Valinhos FM); Certificado de Mérito por Valorização e Difusão do Samba (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo), o Título Cidadã Samba “ concedido pelo Grupo Samambaia e a Medalha “ Zumbi dos Palmares “ ( Câmara Municipal de Santa Bárbara D’Oeste).

 Atualmente, Ilcéi Mirian está divulgando o CD Minha Identidade lançado no ano passado.


CD MINHA IDENTIDADE – Ilcéi Mirian
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A cantora campineira Ilcéi Mirian é um desses raros talentos que conseguiram unir a autenticidade do samba com a formação acadêmica. Historiadora formada pela PUC-Campinas e pesquisadora da Música Popular Brasileira, ela vem inscrevendo com paciência seu nome na história do samba.

Minha Identidade, produzido pelo compositor paulistano T. Kaçula, é o seu segundo CD de carreira. O primeiro, Samba de Batom, foi lançado em 2002 pelo selo Cameratti e chamava a atenção para a presença feminina no samba – um terreno historicamente machista. Basta lembrar que, até hoje, poucas são as mulheres instrumentistas. Ilcéi é uma delas: seu instrumento é o cavaquinho, que aprendeu a tocar com Dino, seu primeiro professor, e cuja técnica com Seu Nenê, mestre de nove entre dez cavaquinistas campineiros.  

Mas Ilcéi não é só uma exímia instrumentista. Ela é também cantora com vasta experiência na noite e nas rodas de samba de Campinas e São Paulo, onde acompanhou ou dividiu o palco com artistas como Monarco e Luiz Carlos da Vila, entre outros.

Minha Identidade não deixa dúvidas: estamos diante de uma intérprete popular e refinada. Seu repertório é a tradução fiel da atual e agitada cena do samba paulista. Nele estão reunidos alguns dos melhores representantes da nova geração de sambistas, muitos nunca gravados em disco – o que confere ao trabalho uma importância documental.

Gravado no estúdio Nimbus, em Sampa, o álbum conduz o ouvinte por um passeio pelos muitos caminhos do samba, pilar da cultura brasileira que forjou a identidade de nosso povo. Não por acaso, Minha Identidade é o nome do CD que você tem em mãos. Este não é apenas um disco de samba muito bom. É também uma obra importante e essencial.

Bruno Ribeiro, jornalista e crítico musical
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Faixa por Faixa

1. Samba de Roda (Anderson Vaz/ Deilton/ Robson Capela/ Tito Amorim) – Há controvérsias quanto ao samba ter nascido na Bahia, mas é sabido que o samba de roda está entre as manifestações mais antigas do gênero. Nesta faixa, Ilcéi canta com a desenvoltura de quem sabe muito bem o que significa “uma menina descalça no chão da Bahia”. O Brasil inteiro descende dela.

2. Lampião a Gás (André Pantera) – Composição muito popular nas rodas do Samba da Vela, que acontecem há mais de dez anos em São Paulo. Ao mesmo tempo em que resgata o espírito das crônicas de Adoniran Barbosa, não abre mão da batucada contemporânea que marca o trabalho dos novos sambistas da Paulicéia.

3. Clareou (Nyva) – Composta pelo campineiro Nyva, integrante do grupo Partido Alto, este samba romântico de letra simples e direta vem acompanhado de uma delicada melodia cheia de boas referências. O amor, tema imprescindível aos discos de samba, não poderia ficar de fora. O destaque é a participação do próprio autor, Nyva, em dueto com Ilcéi. 

4. Pedidos e Lágrimas (Aidée Cristina/ Núbia Maciel) – Evocando a proposta de seu primeiro disco, Samba de Batom, Ilcéi exalta as compositoras femininas e grava esta parceria das amigas Aidée e Núbia. A melodia é circular, mas tem a delicadeza de uma prece para Xangô.

5. Poeira no Raio de Sol (Adriano Dias) – O partido-alto composto pelo violonista campineiro Adriano Dias ganhou um inusitado arranjo de gafieira. O resultado lembra os melhores momentos de Noel Rosa – inclusive na letra, a partir de belos achados poéticos como “você é como poeira/ que dança num raio de sol”.

6. São Jorge Guerreiro (Emerson Urso/ César Procópio) – Feito por dois sambistas da nova geração, um paulista e um carioca, este samba em homenagem ao Santo Guerreiro comove pela força de seu refrão e pela letra que, sem melodia, poderia ser rezada. O poeta estava certo ao dizer que o bom samba é uma forma de oração. 

7. Força da Comunidade (Fernando Bom Cabelo) – Verdadeiro libelo ao samba, esta faixa traduz perfeitamente o pensamento da nova geração de sambistas paulistanos ligados ao movimento das comunidades. É crítico (“tem gente mandando no samba/ sem samba nas veias”) e tem tudo para se tornar um hino.

8. Favela (T. Kaçula) – O rapper Douglas, do grupo Realidade Cruel, participa da faixa e promove o diálogo entre o rap e o samba. A letra do paulistano T. Kaçula redime a favela do preconceito e está entre as melhores já escritas sobre o tema.




9. Samba pra Frente (Ido Luiz) – Compositor ligado às escolas de samba de Campinas, Ido Luiz mostra ser também um exímio criador de pagodes de fundo de quintal, para serem cantados por muitas vozes. Sambão empolgante, com pegada de partido.

10. Inspiração (T. Kaçula/ Robson Capela) – Um samba melodioso que fala de um tema que nunca se esgota: a inspiração do poeta, força-matriz do samba. Muitas vezes, como diz a letra, ela nasce da desilusão.

11. Inventor do Brasil (Jorge Matheus) – Samba afirmativo feito por Jorge Matheus, outro campineiro. A letra refaz a trajetória dos negros africanos no Brasil, desde sua chegada nos navios negreiros até a libertação. Tem o refrão e o tom épico dos antigos sambas de enredo.

12. Paixão de Carnaval (Valdir de Oliveira) – O Carnaval como tema sempre rendeu bons sambas. Nesta faixa, o desfile de uma escola é o pano de fundo para uma paixão passageira. A levada romântica e cadenciada remete aos sambas que seguiam esta linha na década de 1980.

13. Tributo a Velha Guarda (Fernando Penteado) – Uma justa homenagem aos que vieram primeiro e ajudaram a fundar o samba de São Paulo. É emocionante a participação dos membros da Embaixada do Samba Paulistano na gravação. Samba de terreiro como nos velhos tempos.

14. Mineira Guerreira (Ideval Anselmo/ Henrique Pimentel) – Para fechar, outro tributo. Desta vez para Clara Nunes, uma das cantoras que mais influência exerceu sobre Ilcéi Mirian. A letra faz várias referências aos sambas que ela imortalizou. Participação especial de Bernadete.



VÍDEOS















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